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Ideias Emergentes em Biblioteconomia

Jorge do Prado 

O Ideias Emergentes em Biblioteconomia nasceu de dois aspectos: o primeiro, em uma tarde, ao ler comentários efervescentes em um dos mais volumosos grupos de Biblioteconomia que temos no Facebook. Embora muito do que ali esteja seja bastante curioso, pertinente, mas também peculiar, foi interessante observar as desenvolturas daquelas discussões nas próprias timelines de alguns amigos. 

O segundo aspecto vem também do Facebook, mas de discussões mais limitadas, de determinados círculos de amigos em comum, que propõem discussões geniais, mas que dificilmente estarão presentes num artigo de periódico científico, muito menos em um livro dedicado somente ao debate. Ideias tão bacanas que chega a ser um desperdício não as registrar e disseminá-las. 

Juntando estes dois aspectos chegamos ao seguinte questionamento: como, num futuro próximo (daqui uma semana), faremos para resgatar estas discussões? Você até pode salvar os links, tirar prints de tela, mas ainda assim não será a melhor opção. A produção cultural e intelectual nas mídias sociais é um assunto de suma importância e que perceba, poderá se perder aos poucos com o decorrer do tempo por conta da dificuldade em resgatá-la posteriormente. 

Numa tentativa, principalmente de compartilhar estas ideias, é que resolvi organizar o Ideias Emergentes. Não espere textos rigorosamente acadêmicos, repletos de uma fundamentação teórica. Também não espere respostas às perguntas que ficaram abertas pelos autores, pois o intuito disso é que você reflita, se achar pertinente e, se quiser, contribua com o assunto numa página online dedicada exclusivamente ao capítulo. 

Dividido em quatro partes – Formação, Atuação, Atitudes e Tecnologias – há capítulos escritos ou por pessoas que estudam muito determinado assunto ou porque atuam diretamente com o tema. Não são exclusivamente todos doutores, professores ou autores proeminentes, mas profissionais que merecem destaque por participar de muitos debates acalorados, por levantar questões que permitam a qualquer bibliotecário se questionar sobre o que faz. Tudo sem querer nada em troca, de forma livre e espontânea, um belo exemplo da estonteante cultura da participação de Clay Shirky. 

Ao final de cada capítulo, você encontrará um link para uma página dentro do blog deste livro, podendo dar continuidade à discussão levantada no texto com outros leitores. Já está na hora de tornar nossas publicações mais transmídia para a construção de um conhecimento mais coletivo, focado em resultados mais evoluídos para nossas bibliotecas. A sociedade é em rede, mas nossa Biblioteconomia… 

Há vários temas que poderiam ser abordados, por conta desta profissão com identidade tão líquida. Quem sabe, para os próximos anos, outros capítulos com outros autores convidados, com novas ideias emergentes para discussão num novo volume. 

Boa leitura! 

http://ideiasemergentes.wordpress.com 

Florianópolis, março de 2016.